Existem diferentes classificações e tipos de feridas, cada uma com características específicas e relevantes para o tratamento. Nesse contexto, é essencial conhecer essas particularidades para fazer o curativo, tratar o ferimento e contribuir para a cicatrização. 1

A pele é a primeira barreira de defesa do seu organismo. Consequentemente, um machucado aberto representa uma vulnerabilidade nessa proteção, que pode ser explorada por bactérias e outros microrganismos nocivos à saúde. 1

Ao sofrer um ferimento qualquer, o corpo faz a sua parte para cicatrizar a lesão e reparar o tecido danificado. Para uma restauração mais rápida, além de cuidar da saúde e da imunidade, é necessário considerar as propriedades do machucado e tratá-las conforme as recomendações médicas. 1 2

Nesse post, falaremos sobre os principais tipos de feridas, como elas são classificadas e por que esses fatores são relevantes para a fase de cicatrização.

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Como podem ser classificadas as feridas na pele?

As feridas podem ser classificadas conforme as suas características gerais. Entre elas, as mais importantes são 1:

  • origem;
  • grau de contaminação;
  • nível de comprometimento tecidual.

Origem

A origem é o que causou o ferimento. A maneira como a lesão foi produzida, o agente agressor ou o mecanismo de ação envolvido são determinantes para identificar o tipo de ferida. 1

Por exemplo, objetos afiados, como facas e bisturis, podem causar cortes e incisões, lesões que variam quanto a profundidade, mas que, geralmente, apresentam bordas regulares e são mais fáceis de cuidar. 1

Em outros casos, como ao cair da moto e ralar o joelho ou em mordidas de animais, o machucado pode ser classificado como abrasão ou laceração, por ser irregular e estar sujeito à ação de bactérias, além de dificultar a aplicação de curativos e aumentar o risco de infecções. 1

Grau de contaminação

Em relação ao grau de contaminação, uma ferida pode ser considerada limpa ou contaminada. As limpas são aquelas que não apresentam sinais de inflamação grave, tendo sido causadas por instrumentos esterilizados ou que não transferem partículas estranhas, que acabam grudadas no interior da lesão. 1

Por outro lado, as feridas contaminadas, geralmente, apresentam sinais inflamatórios consideráveis, como inchaço, vermelhidão e dor intensa. Isso pode acontecer quando microrganismos estão presentes na pele ou no agente agressor que causou o ferimento. 1

Nível de comprometimento tecidual

O nível de comprometimento tecidual representa a quantidade de tecido danificado pelo ferimento. Uma ferida é classificada como simples quando a área atingida é pequena e isolada, facilitando a aplicação de curativos, imobilizações e outras medidas de contenção. 1

Do contrário, o ferimento é complexo quando cobre grande parte do corpo e atinge estruturas mais sensíveis ou de difícil acesso. Por exemplo, lesões nas axilas ou nas virilhas são mais complicadas, por afetarem a mobilidade. 1

Em um cenário similar, machucados com grande perda de tecido apresentam uma cicatrização mais lenta e incompleta. Isso porque o organismo não consegue restaurar todas as estruturas atingidas, o que pode causar manchas, sulcos e queloides. 1

Outros

Além dos fatores abordados, também costumam ser considerados os seguintes 1:

  • profundidade: lesões superficiais são consideradas de menor gravidade, enquanto as profundas são mais preocupantes, devido ao risco de hemorragias e/ou danos aos órgãos internos;
  • aberta ou fechada: enquanto as feridas abertas apresentam ruptura da superfície da pele, as contusões não provocam essas aberturas, apesar de poderem gerar traumas internos, como edemas e hemorragias;
  • aguda ou crônica: as feridas agudas são as lesões recentes, ocasionadas por um agente agressor conhecido, enquanto feridas crônicas são complicações relacionadas à cicatrização incompleta e machucados que não respondem ao tratamento primário.

Tipos de feridas

Os tipos de feridas mais comuns são 1:

  • ralados (abrasões);
  • queimaduras;
  • cortes;
  • lacerações;
  • perfurações;
  • incisões.

Ralados (abrasões)

Os ralados, também conhecidos como ferimentos abrasivos ou abrasões, são machucados provocados pela fricção do corpo com uma superfície áspera, rígida ou irregular. Geralmente, ocorrem em acidentes de trânsito e quedas. 1

Conforme as características citadas, os ralados são mais propensos à contaminação e ao comprometimento tecidual elevado. Em contrapartida, costumam ser mais superficiais que outros tipos de feridas. 1

Queimaduras

As queimaduras acontecem quando as células da pele são danificadas de maneira repentina, geralmente envolvendo uma fonte de calor. Apesar dessa característica, essa lesão também é provocada por temperaturas negativas, radiação, substâncias químicas, eletricidade, plantas venenosas e animais peçonhentos. 1

Nesses casos, as características da queimadura, principalmente origem, profundidade e nível de comprometimento tecidual, ajudam a classificá-la como sendo de primeiro, segundo ou terceiro grau.   1

Cortes

Cortes são feridas lineares, causadas por objetos afiados ou cortantes. Como conseguem romper a superfície cutânea sem fazer muito esforço, os ferimentos possuem bordas regulares e moderadamente traumatizadas. 1

Lacerações

As lacerações acontecem quando a ruptura da pele é provocada por pressão ou tração aplicada ao tecido. Ao contrário dos cortes, lacerações envolvem mecanismos de muita energia e lesões amplamente irregulares. 1

Perfurações

São ferimentos causados por objetos pontiagudos. De modo geral, não afetam grandes áreas do corpo, ou seja, apresentam baixo nível de comprometimento dos tecidos. Contudo, podem ser mais complexas que as demais, especialmente conforme aumentam de profundidade. 1

Incisões

As incisões são variações dos cortes, realizadas principalmente com o uso de bisturis e em ambientes controlados, como unidades de pronto-socorro e centros cirúrgicos. Nesses casos, as feridas são regulares, superficiais e limpas.  1

Porém, é importante notar que há risco de contaminação, considerando a alta concentração de patógenos em ambientes hospitalares. 1

Quais são os tipos de cicatrização que existem?

Além dos tipos de feridas, vale a pena conhecer os tipos de cicatrização e quais fatores influenciam nesses processos. Geralmente, podemos destacar os seguintes 2:

  • cicatrização primária ou de primeira intenção;
  • cicatrização secundária ou de segunda intenção;
  • cicatrização terciária ou de terceira intenção.

Cicatrização primária ou de primeira intenção

A cicatrização primária representa o processo ideal de regeneração de tecidos, quando as características das novas células não contrastam com as estruturas originais. Nesses casos, há pouca ou nenhuma diferença de tonalidade, textura e profundidade entre a superfície primária e a cicatriz. 2

Em geral, a cicatrização por primeira intenção é limitada a ferimentos mais simples, que apresentam bordas próximas e regulares, além de baixo nível de comprometimento tecidual. 2

Cicatrização secundária ou de segunda intenção

Para tipos de feridas mais largas ou irregulares, a cicatrização secundária é a provável. Nesses cenários, a regeneração dos tecidos não é tão eficaz, podendo apresentar características bastante distintas das estruturas originais. 2

Cicatrização terciária ou de terceira intenção

A cicatrização terciária, também conhecida como tardia, ocorre quando o processo de recuperação é interrompido propositalmente. Nessas situações, antes de fechar a lesão é necessário fazer o debridamento, procedimento para remoção de tecido morto e limpeza profunda do machucado.  2

O que usar para cicatrizar feridas mais rápido?

Para as feridas cicatrizarem mais rápido e sem apresentar muito contraste com a pele antiga, é essencial tomar cuidados especiais na hora de fazer e manter os curativos. Entre os cuidados mais importantes, podemos destacar 1 2:

  1. limpeza do ferimento: ao se machucar, é crucial higienizar a ferida com água corrente e/ou solução antisséptica;
  2. secagem: para evitar a criação de um ambiente adequado para a proliferação de patógenos, recomenda-se secar cuidadosamente o ferimento com uma toalha limpa;
  3. aplicação de pomadas: para combater o risco de infecções, o médico pode prescrever pomadas antibióticas a fim de proteger contra bactérias e auxiliar na cicatrização;
  4. curativos: pode ser necessário, especialmente no início da cicatrização, manter a ferida coberta e protegida, com o uso de curativos prontos, gaze e esparadrapos.

Leia também: Curativo para feridas abertas: como cuidar de cada tipo de machucado?

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